Boa noite a todos. Hoje o Música Dot Com traz-vos a primeira review de 2011: “Valhalla Dancehall”, dos British Sea Power. Este é já o quinto disco de originais do grupo britânico de Indie Rock, e saiu no dia 10 deste mês. Será que 2011 começa bem de lançamentos? Vejamos.
Para começar, devo dizer que os British Sea Power são uma banda que me agrada. Com uma sonoridade variada (com “cheirinhos” de bandas como os Pixies, Joy Division, The Cure ou Arcade Fire), são uma banda que não desilude com os seus discos. Apesar do antecessor de “Valhalla Dancehall”, “Man of Aran” ter sido um pouco inferior aos restantes álbuns, esta é uma banda sólida, com nome feito e com experiência nestas andanças da indústria musical. Por isso, fiquei na expectativa quando soube do lançamento deste quinto álbum, ainda no ano passado. E felizmente, as minhas expectativas não saíram defraudadas. Os British Sea Power não perderam a “estrelinha” e conseguiram criar um álbum de qualidade, e que supera “Man of Aran”.
Falando do disco em si, “Valhalla Dancehall” tem uma sonoridade já característica da banda, mas também tem, em momentos, algum experimentalismo electrónico (especialmente em “Living Is So Easy” e “Heavy Water”), com os sintetizadores a marcarem presença. Também notei uma produção um pouco crua, que me satisfez. Os British Sea Power não perderam muito tempo a “polir” o disco, e isso traz ao registo uma força “roqueira” que é muito do meu agrado. A juntar às guitarras a rasgar, ao baixo competente e à bateria forte e bem colocada, este disco tem todos os ingredientes para ser uma bela obra. No entanto, também há que assinalar as falhas, sendo a inconsistência a mais óbvia. Enquanto que neste álbum encontramos músicas de grande qualidade como “Who’s In Control” ou “Stunde Null”, lado a lado estão faixas menos conseguidas como “Georgie Ray” ou “Luna”, que cortam o ritmo ao disco nos momentos em que este parece “levantar vôo”. Isso mostra outro defeito: uma escolha infeliz do posicionamento das canções no disco. Pode parecer uma coisa picuinhas para criticar, mas por vezes uma má articulação das canções no álbum pode fazer com que a obra não tenha a força que poderia ter.
Em suma, “Valhalla Dancehall” é um bom disco. Pode não ser uma obra-prima, mas não desilude, e vem deixar muitos fãs (incluindo eu) satisfeitos. Com um som interessante, este é um disco que eu recomendo. Posso dizer que, a começar assim, 2011 vai ser um bom ano.
Nota Final: 7,8/10
João Morais
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