segunda-feira, 26 de julho de 2010

Korn III: Remember Who You Are

Para começar esta crítica, devo começar por confessar que nunca fui grande fã de Korn. Perdoem-me os fãs, mas sempre foi uma daquelas bandas que a mim, não me aquecia nem arrefecia. Do chamado Nu-Metal (termo que uso com muitas reservas) sempre fui mais fã de Slipknot. Claro que conheço e aprecio algum do trabalho dos Korn, mas sempre foi uma banda que me passou ao lado. Por isso, creio que esta crítica irá ser feita de modo (ainda) mais imparcial que as outras. Comecemos, então.

Bem, segundo o que alguns dizem, este álbum soa a um “regresso às origens” dos Korn. Fui verificar, e comparar, e apesar das diferenças (neste último álbum os Korn soam mais coesos e adultos, obviamente, devido aos 17 anos de carreira) dá para ver as semelhanças. Também constatei que este álbum está bastante melhor que o anterior (“Untitled” de 2007), que soava ao que compreendi como sendo uma banda perdida. Pois neste “Korn III: Remember Who You Are”, eles parecem ter-se lembrado de quem são, e do peso que representam no seu género de Metal Alternativo. Por isso, e tendo em conta o resto do trabalho deles, devo dizer que os Korn atingiram um novo auge. Impulsionado por músicas como o single de estreia “Oildale(Leave Me Alone)”, a pujante “Let The Guilt Go” ou a insana (no bom sentido) “Are You Ready To Live”, este momento é capaz de ser um dos melhores de sempre da banda, apoiado por um álbum onde a banda escolheu gravar em estúdio como se estivessem a actuar em palco, ou seja, todas as partes das faixas foram gravadas em simultâneo. Achei essa técnica interessante, numa altura em que quase todos os álbuns têm os instrumentos gravados em separado e depois inseridos no Pro Tools, “loopados” 3 vezes e aglomerados na música. Não estou a criticar quem usa Pro Tools, no entanto é de admirar que os Korn decidam ser um pouco mais analógicos nesta era digital.

Em suma, não sendo um álbum brilhante, confesso que me surpreendeu. Quando pensei em fazer esta review, esperava um álbum mediano, mas vi-me a braços (ou ouvidos neste caso) com um álbum bem estruturado, com uma sonoridade que, apesar de soar característica dos Korn, está mais fresca, e que por isso, é capaz de angariar mais fãs para a “causa” da banda da California. Falta ver se conseguem dar seguimento a este bom “recomeço”, chamemos-lhe assim.


Nota Final: 7,3/10

o Criador:

João Morais

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