Olá, meus leitores. Hoje, no Música Dot Com, vou pôr em análise o segundo disco dos Metallica, “Ride the Lightning”, que será o terceiro volume da colecção “Álbuns da Minha Vida”. Pois bem, comecemos.
Devo confessar que, de todos os álbuns dos Metallica, uma das minhas bandas favoritas de sempre, este é o meu predilecto. Apesar de “Master of Puppets” ser universalmente aclamado como o melhor álbum dos Metallica, e muitos críticos chegarem a considerá-lo o melhor álbum de Metal de sempre (opinião que compreendo, e em certa parte partilho), eu prefiro o “Ride the Lightning”, e a minha razão é bastante simples: penso que é a excelente combinação entre o trabalho mais Speed Metal do primeiro álbum, “Kill ‘Em All” e o Thrash Metal a pleno gás de “Master of Puppets”. Penso que o Thrash nasceu verdadeiramente em “Ride the Lightning”, apenas para ser “aperfeiçoado” em “Master...”. Claro que muitas pessoas podem discordar de mim, mas eu realmente acho que ali nasceu todo um género que viria a revolucionar a história do Metal.
Este álbum, o segundo da longa viagem dos Metallica nesta indústria musical, faz parte da série de cinco álbuns que creio que retêm grande qualidade: “Kill ‘Em All”, “Ride the Lightning”, “Master of Puppets”, “...And Justice For All”, e “Metallica” (também conhecido por “Black Album”). Todos estes álbuns mantêm um standard de qualidade muito difícil de atingir, fazendo com que os Metallica tivessem chegado a um patamar de consistência notável. A partir daí, todos sabemos o que sucedeu: “Load”, “ReLoad” e “St. Anger”, álbuns muito abaixo das expectativas dos fãs e dos críticos, e que reflectem um período numa banda com dificuldades em se encontrar. Depois, temos “Death Magnetic”, um ressurgimento do som de antigamente, muito bem recebido e que fez com os Metallica voltassem a um nível de segurança já há muito perdido.
Voltando a “Ride the Lightning”, creio que todas as músicas são “de antologia”, verdadeiros clássicos dos Metallica, e quem as ouvir vai entrar em contacto com uma sonoridade bem própria duma banda que inovou e que criou o seu próprio estilo, inspirado por bandas da New Wave of British Heavy Metal, como os Diamond Head, os Iron Maiden ou os Motörhead, bandas que foram de extrema importância para os Metallica. O som do álbum é mais polido do que o do seu antecessor, mas retém muita da “crueza” em termos de letras, que abrangem temas que são habituais no Thrash Metal: exclusão social, solidão, opressão ou descriminação são temas que o Thrash herdou do Punk Hardcore, fazendo do Thrash Metal, também, uma arma de intervenção contra o “status quo” duma sociedade que vêm como errada.
Se quiserem um introdução ao álbum, posso sugerir a faixa-título, “Ride the Lightning”, ao lado de músicas como “For Whom the Bell Tolls”, a poderosa balada “Fade to Black” ou “Creeping Death”, grandes títulos dos Metallica.
Em suma, este álbum é seminal para o movimento Thrash Metal e para o percurso dos Metallica enquanto banda, por isso, se é fã de Metal ou de boa música em geral e não se importa de se meter por caminhos mais pesados, este álbum é para si!
o Criador:
João Morais
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