sexta-feira, 26 de novembro de 2010

2010 em Revista Parte 1

Boa noite. Hoje, em vez de fazer uma review de um álbum, vou fazer 4 micro-reviews de álbuns que marcaram o ano de 2010. Considerem isto uma espécie de revista do ano 2010, em que eu vou atribuíndo notas aos álbuns que acho que sejam material suficientemente bom para integrar o Top 10 do ano. Para não cometer o erro do ano passado, em que a sobrecarga de informação me fez desistir do blog por alguns meses, decidi que só vou dar a nota do álbum e uma pequena consideraçãozinha sobre o disco em questão. Assim, só para dar uma orientaçãozinha. Desta forma, vocês poderão ver mais ou menos os critérios que vão levar às escolhas do Top. Comecemos com a primeira fornada de álbuns.

Delphic – “Acolyte” - Começamos pelos Delphic, banda britânica de Alternative Dance, verdadeiros herdeiros do legado dos lendários New Order. Este álbum de estreia tem músicas alucinantes que com ritmos rápidos, batidas certeiras e guitarras rasgantes, conseguem chegar ao seu objectivo: fazer qualquer pessoa dançar. Este é um bom disco de estreia.



Músicas obrigatórias:

-“Doubt”

-“Halcyon”

-“Counterpoint”

Nota Final: 7,3/10

MGMT – “Congratulations” - Este “Congratulations” é um registo que diverge de forma radical do seu antecessor, “Oracular Spectacular”, e isso não é mau. Muito pelo contrário, mostra uma faceta dos MGMT muito mais talentosa do que se poderia esperar. Se o primeiro álbum era um disco mais “imediato” (“Kids” e “Time to Pretend” rapidamente se instalaram nos nossos ouvidos durante semanas), com um toque de psicadelismo electrónico digno de Flaming Lips, esta segunda obra mostra uns MGMT muito mais profissionais, com uma musicalidade mais madura, e com um psicadelismo, que ainda a marcar presença, se torna mais “orgânico”, a apostar menos nos sintetizadores e mais nas guitarras. E “Siberian Breaks” arrisca-se a ser a melhor música do ano.

Músicas obrigatórias:

-“It’s Working”

-“Song for Dan Treacy”

-“Flash Delirium”

-“Siberian Breaks”

Nota Final: 8,5/10

The Drums – “The Drums” – Mais uma estreia de 2010, os The Drums fizeram sentir a sua presença com a sua atitude revivalista que junta dois universos distantes: o Surf Rock dos anos 50 (a.k.a. Beach Boys) e o Alternative Pop dos anos 80, reminiscentes dos The Smiths. Essa mistura gera uma das bandas mais frescas dos últimos tempos, com um Indie Pop descaradamente despreocupado. No álbum encontramos uma colecção de músicas que, com uma guitarra viciante e com letras agridoces, fazem-nos passar um bom bocado. Uma estreia de luxo. Mesmo.

Músicas obrigatórias:

-“Best Friend”

-“Let’s Go Surfing”

-“Me and the Moon”

-“The Future”

Nota Final: 8,5/10

Foals – “Total Life Forever”- Muito boa gente anda a apontar este álbum como o melhor do ano. Eu, apesar de tudo, discordo. Digo-vos que está um disco bastante bom, isso sim, mas não creio que seja o melhor do ano. Contudo, mostra uma banda que soube pegar no que tinha feito bem no álbum anterior (“Antidotes” de 2008, outro álbum de grande qualidade) e transpôs para o álbum seguinte, mas com ainda mais energia e força. As letras mantêm a mesma dimensão, mas vêm com ainda mais paixão, e o instrumental mantêm-se esplendorosamente bom, mas ainda mais certeiro. Um registo a ouvir, com toda a certeza.

Músicas obrigatórias:

-“Blue Blood”

-“Total Life Forever”

-“Spanish Sahara”

-“This Orient”

Nota Final:8,0/10

Obrigado, e até para semana, onde teremos mais um set de álbuns que marcaram o ano. Por isso, não se esqueçam de sexta-feira cá voltarem.

o Criador:

João Morais

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