Boa noite, meus caros leitores. Hoje, no Música Dot Com, trago-vos a crítica do concerto dos Interpol, que ocorreu fez ontem uma semana, no Campo Pequeno. Foi um concerto que faz parte da parte europeia da digressão que a banda nova iorquina está a fazer para apresentar o seu mais recente álbum, “Interpol” (álbum que já foi alvo de review aqui no blog), o quarto longa-duração da banda. Como será que foi o concerto? Leiam o texto para descobrirem!
O concerto de abertura esteve a cargo dos Surfer Blood, mas infelizmente, não consegui chegar a tempo de poder assistir a banda de Indie Rock vinda da Florida (já tentaram arranjar lugar na zona do Campo Pequeno a uma sexta à noite? É quase impossível...), por isso, passemos já ao verdadeiro motivo pelo qual me desloquei até Lisboa no dia 12: os Interpol.
A actuação começou com um dos pesos pesados deste mais recente álbum deles, “Success”, canção que curiosamente também abre o álbum. A música, juntamente com o simples jogo de luzes e o fumo que envolvia o palco, conseguiu criar um clima que foi transversal a todo o concerto: um clima negro e carregado, típico da música dos Interpol. Quanto ao som, devo dizer que, apesar dos instrumentos se terem feito ouvir bastante bem, especialmente o baixo e a bateria (as peças centrais do som da banda), a verdade é que a voz estava com um som um pouco mais fraco, com as letras de Paul Banks a tornarem-se imperceptíveis em vários pontos do concerto. Enfim, coisas destas às vezes acontecem. No entanto, a banda esteve bastante boa no que toca à interpretação das músicas. Uma actuação irrepreensível nesse aspecto.
Pouco depois de “Success” veio “NARC”, primeiro momento alto da noite. O Campo Pequeno, quase cheio, recebeu com grande carinho os Interpol, e estes retribuíram com uma setlist feita à medida dos fãs. Viu-se que o intuito aqui não era tocar grande parte do álbum homónimo, mas sim uma visita à já vasta lista de canções da banda. Os fãs agradeceram com devoção. “Slow Hands”, “C’mere”, “Untitled” e “Barricade”(o single de estreia de “Interpol”) todas tocadas assim, de seguida, arrancaram coros uníssonos do público, que incansável vibrou com o que se passava em palco, por oposição à calma que os membros da banda mostravam (excepção feita ao guitarrista Daniel Kessler e às suas danças frenéticas, que não deixaram ninguém indiferente).
“Memory Serves” e “Not Even Jail” encerraram a primeira parte do concerto. Após uma curta espera, os Interpol voltariam ao palco para um encore com três verdadeiros clássicos: “Hands Away”, “Obstacle 1” e a música que fechou o concerto com chave de ouro, muito a pedido dos fãs, “Stella Was a Diver and She Was Always Down”, todas do aclamado álbum de estreia “Turn On the Bright Lights”. Essas três músicas,cantadas a plenos pulmões pelo público, puseram fim a uma noite que, apesar de ter sido curta, (o concerto durou cerca de hora e meia, duração standard de um concerto do género, apesar de eu ter estado à espera de mais) foi bastante proveitosa. Enfim, foi uma viagem ao mundo sombrio e cinzento dos Interpol, de onde nenhum verdadeiro fã terá saído desapontado.
Setlist do concerto:
- Success
- Say Hello To The Angels
- Narc
- Length of Love
- Summer Well
- Rest My Chemistry
- Slow Hands
- C'mere
- Untitled
- Barricade
- Take You On A Cruise
- Lights
- PDA
- Memory Serves
- Not Even Jail
Encore
- Hands Away
- Obstacle 1
- Stella Was A Diver And She Was Always Down
o Criador:
João Morais
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