Olá a todos. Hoje o MDC traz-vos uma pequena análise ao concerto dos Gogol Bordello, que teve lugar no Campo Pequeno, no passado dia 7 de Março. Este foi um concerto que fez parte da promoção do mais recente disco do grupo, “Trans-Continental Hustle”, álbum lançado em Abril do ano passado. Falemos do espectáculo, pois então.
A abertura do “show” foi feita pelo grupo de sul-americanos residentes em Barcelona, Che Sudaka, que infelizmente não fui capaz de ver (a minha sina no Campo Pequeno no que às bandas de abertura diz respeito continua a ser a mesma...), no entanto, dava para se sentir que este grupo tinha posto a plateia (casa quase cheia) em “ponto de rebuçado” para a festa que se seguiria. Entrando em palco às 22h20m, a trupe de Eugene Hütz é recebida em apoteose pelo público, sedento de festa.
Foi com “Tribal Connection” (do álbum de 2007, “Super Taranta!”) que foi inaugurada a setlist, que procurava combinar canções dos discos mais antigos com o mais recente “Trans-Continental Hustle” (das 21 canções da noite, apenas 8 eram do mais recente disco, o que mostra um certo equilíbrio). Quanto à qualidade de som, devo constatar que estava muito melhor do que no concerto dos Interpol (se bem que num concerto destes, esse tipo de questões é o que menos interessa).
“Not a Crime” e “Wonderlust King” foram as canções que iniciaram uma loucura que durou até ao resto da noite. Se nas primeiras duas músicas os saltos e “moshs” foram residuais, a partir daí começaram a ser constante (excepção feita a canções como “My Companjera”, que é de facto uma balada com um ritmo mais lento, e que me permitiu recuperar o fôlego). Após uma série de canções do disco mais recente, (que de facto foi feito para “brilhar” ao vivo, mais do que para apelar aos críticos) veio “American Wedding”, “Pala Tute” (mais uma música do disco de 2010) e “Start Wearing Purple”, um dos maiores êxitos da banda, e que terminou a primeira parte do concerto.
No entanto, Lisboa teve direito a um encore de luxo, com 4 canções, entre as quais a fabulosa “Think Locally, Fuck Globally”, que levou toda a gente ao rubro, mesmo apesar do cansaço que já se começava a sentir. Após uma saída de palco que parecia terminar o concerto, os Gogol Bordello voltaram, com Eugene Hütz a tocar, enrolado na bandeira portuguesa, “Alcohol”, um verdadeiro hino àquele que foi o combustível deste concerto (durante o show o vocalista foi dando vários goles duma garrafa de vinho, que eu assumi que fosse do Porto). A noite chegou ao fim com uma cover dos Mano Negra, “Mala Vida”, com os membros dos Che Sudaka a juntarem-se aos Gogol em palco, e que fechou a noite da forma como tinha começado: em festa!
Setlist do concerto:
- Tribal Connection
- Ultimate
- Not a Crime
- Wonderlust King
- My Companjera
- Last One Goes The Hope
- Trans-Continental Hustle
- Immigraniada (We Comin' Rougher)
- Break The Spell
- Raise The Knowledge
- When Universes Collide
- American Wedding
- Pala Tute
- Start Wearing Purple
- Break The Spell (Reprise)
Encore 1:
- Think Locally, Fuck Globally
- Sun Is On My Side
- Mishto!
- Sacred Darling
Encore 2:
- Alcohol
- Mala Vida
(cover dos Mano Negra, com os Che Sudaka)
PS: A votação para o vosso álbum favorito de 2010 acaba amanhã, por isso, se ainda não votaram, apressem-se e votem!
João Morais
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