terça-feira, 31 de maio de 2011

Diabo Na Cruz/Linda Martini @ CCB

Olá a todos. Hoje, o MDC traz-vos a reportagem do último dia de concertos do CCBeat, a série de três concertos duplos ocorridos nos dias 19, 20 e 21 de Maio, no Centro Cultural de Belém. Na última sessão (que irei recordar nas seguintes linhas) actuaram duas proeminentes bandas da cena alternativa portuguesa: Diabo Na Cruz e Linda Martini.

Abrem-se as portas para o Grande Auditório do CCB. À medida que os fãs são encaminhados para os seus lugares, o álbum “Physical Graffiti”, dos Led Zeppelin toca como música de fundo. Apesar de não ter nada a ver com a sonoridade de nenhuma das bandas presentes, devo admitir que esta escolha musical é capaz de entusiasmar um morto.

Cerca das 21:00: levanta-se o pano, e vislumbramos o sexteto: Jorge Cruz na guitarra e na voz, B Fachada na viola braguesa e nos vocais de apoio (vocais esses que ao longo do show enfrentaram algumas adversidades técnicas), Bernardo Barata no baixo, João Pinheiro na bateria e João Gil no teclado, e um novo elemento, Manuel Pinheiro, na percussão. Estes seis artistas abriram a noite com o medley introdutório “Eito Fora/Macaco de Imitação”, retirado do EP “Combate” (que se juntou a “Vitou!”, álbum de estreia do grupo, datado de 2009). A partir daí, foi um festim de dança na plateia, com uma forte interacção entre o público e a banda (com direito a piadas sobre o bigode de Jorge Cruz, e histórias acerca de cassettes do Quim Barreiros).

Com uma setlist relativamente curta (o show durou cerca de 45 minutos), Belém teve direito a grandes faixas, como “Tão Lindo”, “Os Loucos Estão Certos”, “Casamento” (com coros cantados a plenos pulmões pela audiência), “Corridinho de Verão” (com especial participação dos elementos do sexo feminino presentes na plateia, a pedido da banda), e a música que findou o concerto, “Fecha A Loja”. Depois disto, sai a banda de palco (após grande confusão sonora causada por Fachada, na bateria, na viola e nos teclados), cai o pano e voltam as luzes. Um breve intervalo para recuperar o fôlego para o que vem a seguir.

Setlist Diabo Na Cruz

1. Eito Fora/Macaco de Imitação

2. Tão Lindo

3. Os Loucos Estão Certos

4. Combate com Batida

5. Lenga-Lenga

6. Bico De Um Prego

7. Casamento

8. Bom Tempo

9. D. Ligeirinha

10. Corridinho de Verão

11. Fecha a Loja

São sensivelmente dez horas da noite. O pano volta a subir, e em palco vemos uma configuração pouco usual: ao invés das posições standard (baterista atrás, guitarristas e baixista na frente), a banda está disposta em linha: da esquerda para a direita, estão André Henriques (guitarra e voz), Cláudia Guerreiro (baixo e vocais de apoio), Pedro Geraldes (guitarra e vocais de apoio) e Hélio Morais (bateria), todos no mesmo plano. Soam os primeiros “guinchos” do feedback, e o quarteto abre com “Nós os Outros”, seguido de “Mulher-a-Dias” e “Amigos Mortais”, as três do mais recente álbum, “Casa Ocupada” (2010).Logo nos primeiros acordes, já todo o CCB ignorava as cadeiras, e vemos uma maré de gente a encher as escadas. Hélio Morais queixa-se: diz que gostaria que o palco estivesse mais perto da plateia. Segue-se “Dá-me A Tua Melhor Faca”, do primeiro álbum (“Olhos de Mongol”, de 2006). O público está claramente ligado à banda, envolto numa rede de sedução criada pelas letras profundas, as vozes sentidas, as guitarras frias e a bateria forte e compassada. Podem não ter a interacção dos Diabo Na Cruz, mas compensam com o esforço que colocam em cada canção.

Começa “Amor Combate”, a faixa mais popular da banda (resultado do extensivo radioplay em estações como a Antena 3), e Belém está hipnotizada. Depois, “Juventude Sónica”, (título que mais parece piada dirigida a quem os critica por soarem aos seminais Sonic Youth) que leva o Grande Auditório ao rubro com a sua energia imparável. “Estuque” volta a trazer o hipnotismo mais melancólico, tão típico das canções dos Linda Martini. Para o fim, fica um medley “Belarmino/O Amor É Não Haver Polícia”, e o “encore fingido”(a banda não gosta de sair de palco para os encores, e preferiu fazer de conta que saiu e voltou a entrar “estilo ninja”, segundo Hélio Morais). “Cem Metros Sereia” terminou a noite, com o baterista a fazer um convite ao público para uma invasão de palco, prontamente aceite por grande parte da audiência. Perante isto, os seguranças ficaram meramente a olhar e a tentar estabelecer alguma ordem na simbiose que se criou em palco, entre músicos e ouvintes, com ambas as partes a gritar a plenos pulmões o refrão da canção que fechou o CCBeat deste ano.

Concluindo, foi com chave de ouro que este ciclo de shows duplos em Belém terminou. Com a mistura popular e roqueira dos Diabo Na Cruz e a explosão alternativa e apaixonada dos Linda Martini, aliado às óptimas condições acústicas do recinto, creio que não tenha havido alguém desiludido. Só se espera é que iniciativas como esta continuem a aparecer, para incentivar a cultura.

Setlist Linda Martini:

1. Nós os Outros

2. Mulher-a-Dias

3. Amigos Mortais

4. Dá-me A Ttua Melhor Faca

5. Quarto 210

6. Cronófago

7. Amor Combate

8. Juventude Sónica

9. Ameaça menor

10. Estuque

11. Elevador

12. Belarmino/O Amor É Não Haver Polícia

13. Lição de Vôo Nº1

14. Cem Metros Sereia

(Mais uma vez, não foi possível tirar fotografias, devido à falta de autorização prévia. Assim sendo, o MDC decidiu utilizar as fotos da autoria de Mariana Paramês, retiradas da reportagem do concerto, e que podem ser encontradas aqui: http://www.imagemdosom.com/index.php/component/k2/item/590-diabo-na-cruz-%20-linda-martini-%7C-centro-cultural-de-bel%C3%A9m)

João Morais

terça-feira, 24 de maio de 2011

Zonoscope

Bom dia a todos. Hoje, o MDC decidiu começar a trabalhar cedo, para vos trazer a análise de mais um álbum da colheita de Fevereiro (mês prolífero, tenho vindo a constatar): ”Zonoscope”, dos australianos Cut Copy. Esta banda entrou na cabeça e no coração de imensa gente com os certeiros singles “Hearts On Fire” e “Lights & Music”, canções extraídas do seu segundo álbum, “In Ghost Colours” (2008), disco muito bem conseguido. Será que este “Zonoscope” consegue manter a qualidade a que o segundo álbum nos habituou? Vejamos.

Para começar, digo desde já que não deve ter sido tarefa fácil criar um sucessor digno desse nome ao álbum de 2008, “In Ghost Colours”. Tanto o público como a crítica aclamaram este registo vivamente, e isso é sempre um factor de pressão, pois o desejo de um artista é sempre superar-se a cada obra que lança (ou pelo menos tenho em mente ser esse o pensamento geral dos artistas). Se a estreia, “Bright Like Neon Love” (2004), era algo fácil de superar, o mesmo já não se pode dizer de “In Ghost Colours”, devido à identidade musical que criou e que passou a definir os Cut Copy. A mistura de diversos géneros e sonoridades, desde o New Wave à Psychadelia dos anos 60, passando pela Synthpop, tudo misturado com uma atitude muito Indie Rock dos anos 00 fez com que o disco soasse, se não a inovador, pelo menos a muito fresco.

Contudo, se a tarefa parecia homérica, a verdade é que Dan Whitford e companhia conseguiram responder muito bem ao desafio, lançando um disco que mantém tudo o que caracteriza os Cut Copy, e juntando mais algumas influências para o “caldeirão”. Essas novas sonoridades não estão muito visíveis ao ouvido mais distraído, mas o ouvinte mais atento consegue denotar algum Worldbeat digno de David Byrne/Talking Heads (especialmente em canções como “Need You Now”, a faixa de abertura, ou em “Pharaohs & Pyramids”, uma das minhas canções favoritas do disco), e até alguma influência da música experimental de bandas como os Animal Collective (Dan Whitford é fã confesso do grupo americano, e isso pode explicar porque é que canções como “Where I’m Going” ou “This Is All We’ve Got” me fazem tanto lembrar o quarteto de Baltimore). Na penúltima faixa, os Cut Copy até encenam uma aproximação ao Acid House, através de “Corner of the Sky”, uma canção feita claramente a pensar nas pistas de dança. E para terminar "Zonoscope", os australianos reservaram-nos uma maravilhosa súmula de tudo o que faz este disco: “Sun God”, que mistura tudo o que acima foi referido, numa grandiosa canção de 15 minutos, que remata de uma bela forma um grande disco.

É verdade que também existem algumas imperfeições, mas são felizmente uma raridade. Tirando o facto de duas canções serem menos do meu agrado (“Need You Now” , que a meu ver não abre com energia suficiente, e “Strange Nostalgia for the Future”, que apesar de ser uma faixa de transição entre duas músicas, não me pareceu ali bem colocado), o disco está muito sólido, e consegue-se facilmente ouvi-lo várias vezes, que nunca perde a magia.

Resumindo, “Zonoscope” é um grande disco, que soa muito bem e, com a chegada do Verão, se adequa bem ao calor e ao ócio da época. Apesar de não ser tão imediato quanto o seu antecessor (não encontrarão aqui nenhuma “Lights & Music”), consegue cativar o ouvinte a ouvir cada vez com mais atenção, e isso é sempre uma grande qualidade. O terceiro disco de originais dos Cut Copy é, assim, um LP extremamente sólido e bem composto, e não me espantaria nada se o víssemos figurar em muitos tops de fim de ano. Será que vai fazer parte do Top 10 do MDC? Veremos!

Nota Final: 8,8/10

João Morais

sábado, 14 de maio de 2011

The King is Dead

Olá a todos. Após uma longa e cansativa semana, o MDC volta para vos trazer mais uma review. Na sessão de hoje, temos os americanos TheDecemberists, com o seu mais recente disco, “The King is Dead”, lançado em Fevereiro. Vejamos o que temos a dizer acerca do sexto LP da banda.

Vou começar por dizer que não sou, de todo, um especialista em The Decemberists. Contudo, conheço de forma razoável a sua obra, e estou à vontade para dizer que são, a meu ver, uma boa banda. Por isso, quando soube que “The King is Dead” estava para sair, fiquei logo com boas expectativas. Os The Decemberists sempre foram, no meu imaginário, uma daquelas bandas que não consegue lançar um mau álbum. No entanto, esta minha ideia ficou apagada quando o último segundo de “The King is Dead” passou. Este álbum, não sendo mau, fica muito aquém de ser bom.

O título do disco, “The King is Dead”, é um tributo aos The Smiths, e ao seu álbum “The Queen is Dead” (que celebra o 25º aniversário do seu lançamento em Junho deste ano), banda que os The Decemberists citam como uma das suas favoritas. No entanto, engane-se quem pensa que vai ouvir este disco e encontrar lá a banda de Morrissey, Marr e companhia lá “metida”. Este disco não tem rigorosamente nada a ver com o grupo britânico de Manchester. É, sim, um disco muito “campestre”, com sonoridades fortemente influenciadas pelo Country-Folk (como Neil Young, por exemplo), e por vezes dando “piscadelas de olho” aos R.E.M. E se este conjunto de influências muito me agrada, a verdade é que o disco acaba por não ser tão bom quanto promete. Analisemos, em detalhe.

O disco abre com “Don’t Carry It All”, uma faixa que mostra bem o plano geral do álbum, todo ele “pintado” com tons do Midwest americano. No entanto, este Midwest não é tão interessante quanto o de Neil Young ou de John Fogerty. Enquanto que estes artistas nos dão uma imagem misteriosa e interessante dos temas mais “campestres”, os The Decemberists não conseguiram fazer passar essa mensagem neste disco. Conseguiram, isso sim, pegar nele e fazer um álbum muito aborrecido, e que rapidamente perde o interesse após alguns segundo de audição. O “Oeste Selvagem” é decerto muito bonito, mas infelizmente, este disco não faz lhe jus. É certo que canções como “Calamity Song” (que “tresanda” a R.E.M., talvez por causa da participação de Peter Buck na faixa), “Dear Avery” (música que encerra o álbum duma forma calma e bem pensada) “Down By the Water”(uma canção com um poder enorme) trazem alegria e cor ao registo, contudo, a maioria do álbum é composta por músicas como “January Hymn” ou “All Arise!”, extremamente penosas, pois não conseguem surpreender ou emocionar. A meu ver, o disco deveria ter seguido o caminho de “This Is Why We Fight” (a minha faixa favorita), canção muito interessante pelo que traz ao álbum. Uma pena, realmente, este “flop” dos The Decemberists.

Resumindo, este álbum não é terrível, mas é uma “seca”. É certo que tem uns “pontos luminosos” lá espalhados (e que deveriam ter sido as “linhas mestras” do álbum), mas infelizmente o resto é extremamente chato e previsível. Aconselho este álbum apenas a verdadeiros fãs da banda, porque se querem pegar neles por aqui, o mais provável é não sentirem a curiosidade se ouvir o resto da obra do grupo (o que seria uma pena). Esperemos é que para a próxima, o grupo de Colin Meloy e companhia nos traga algo mais completo e interessante para nos dar ouvir.

Nota Final: 5,1/10

-O Música Dot Com deseja as melhoras a Jenny Conlee, que faz parte da banda, e a quem foi recentemente diagnosticado um cancro. Fica aqui uma mensagem de esperança e de força para a artista-

João Morais

terça-feira, 3 de maio de 2011

Wasting Light

Boa noite a todos. Eu sei que é pouco usual publicar posts com tão poucos dias de intervalo, mas devido ao elevado número de álbuns por analisar (e que se estão a acumular cada vez mais), decidi pôr mãos à obra. Hoje, falamos de um lançamento mais recente: “Wasting Light”, o sétimo álbum de originais dos americanos Foo Fighters. Depois de um tremido “Echoes, Patience, Silence & Grace” (2007), será que a banda de Dave Grohl conseguiu lançar um bom disco? Vejamos

Para começar, devo dizer que, para mim, os Foo Fighters sempre foram uma banda interessante. A forma como Dave Grohl gravou (praticamente) sozinho o primeiro álbum da banda, “Foo Fighters” (o homónimo de 1995), sempre me fez admirar, de certa forma, este senhor do Rock. De grande baterista (e aí, é largamente reconhecido como mestre) passou a bom vocalista e guitarrista. A transição podia ter sido pior, mas Grohl lá se aguentou. Depois, formou a banda propriamente dita, que apesar dos dramas internos, conseguiu manter estabilidade ao nível da sonoridade. Os Foo Fighters são uma banda consistente, isso ninguém questiona. Podem nunca ter feito um álbum estrondoso, mas sempre nos entregaram discos dignos. (Mesmo “Echos, Patience, Silence & Grace”, para mim o pior disco da banda, não é um mau álbum, mas sim um LP mais fraco) Agora, Grohl e cia. entregam-nos este “Wasting Light”, álbum produzido por Butch Vig (para quem não conhece, é “só” quem produziu “Nevermind”), feito “à maneira antiga”, na garagem de Dave Grohl, repudiando o digital e primando pelo analógico. Logo aí, “marcaram pontos” comigo. Apesar de não ter nada contra o digital, creio que há uma certa magia no analógico, que me transmite mais emoção ao ouvir (manias, eu sei). Mas ao ouvir o disco, devo confessar que fiquei espantado, pela positiva. Apesar de não esperar um álbum mau, o LP superou as minhas expectativas. Vejamos, em detalhe.

Desde já, uma coisa é ponto assente: confirma-se aquilo que se tem dito; “Wasting Light” é um disco mais pesado do que os seus antecessores. Pode não ser por muito, mas a verdade é que está patente uma força e uma energia que dão ao álbum um teor mais “pesadito”. Para isso, contribuem, sem dúvida, canções como “Rope” (sem dúvida a minha favorita do disco) e “White Limo” (nunca vimos Dave Grohl gritar assim), que “cheiram” um pouco a Queens of the Stone Age, pela intensidade e pela potência. Para esse “peso”, contribui também o cumprimento da promessa feita por Grohl: não há, de facto, nenhuma “balada lamechas” (algo que o frontman da banda garantiu, através do seu Twitter). O mais próximo que temos disso é mesmo “Dear Rosemary”, que consegue ser bastante poderosa. De resto, temos canções mais tipicamente “Foo Fighterianas”, como “Arlandria”, “These Days” ou “Miss the Misery”, que não inovam muito em relação ao que já é cânone nesta banda.

Cânone são, também, as letras de “Wasting Light”. Nota-se que houve um bom trabalho neste departamento, por parte de Grohl, se bem que muitas das canções acabam por recorrer a frases-chavão da cultura Pop anglo-saxónica (assistimos a versos como “What’s in it for me?” ou “We’re going nowhere fast”, lugares-comuns da língua inglesa). Isto torna as letras previsíveis, e se bem que isso não me incomoda muito, reconheço que possa haver gente que fique escandalizada com isto. No entanto, devo realçar um par de músicas que têm letras particularmente interessantes: “I Should Have Known” e “Walk”, as duas últimas faixas do disco. A primeira é, a meu ver, uma clara homenagem a Kurt Cobain (apesar de Dave Grohl não confirmar isto, é evidente que as letras referenciam a situação de Kurt; esta tese é reforçada pela participação nesta música de Krist Novoselic, o baixista dos Nirvana), enquanto que a segunda está brilhantemente colocada como contra-ponto, com uma letra que fala de “recomeçar depois de cair”. Isto foi, para mim, um belo encerramento para o álbum, com duas canções com letras particularmente boas, e que de certa forma se complementam.

Porém, nem tudo são “rosas” neste disco. Uma das maiores críticas que se pode fazer a este álbum é, sem dúvida, a falta de inovação. É verdade que disse que o álbum parece estar um pouco mais pesado do que os anteriores, mas isso deve-se, a meu ver, da (boa) produção de Butch Vig, que soube equilibrar bem a balança entre o “polido” e o “sujo”. No entanto, isso só vem “tapar” a questão da falta de originalidade. Sejamos honestos, apesar de ser um bom álbum, “Wasting Light” não quebra as barreiras daquilo que esperamos que seja um CD dos Foo Fighters. E se por um lado é bom manter a identidade sonora, a verdade é que há muito que Grohl e companhia não se aventuram por espaço desconhecido. Não tirando mérito ao álbum, este é um ponto que devo destacar: a falta de coragem da banda em experimentar.

Resumindo, “Wasting Light” é um álbum muito bom. Pode ter falhas, e alguns momentos menos bons ( “Back & Forth” ou “A Matter of Time”), mas é no geral um disco bastante sólido, e muito proveitoso de se ouvir. Não esperem, no entanto, mudanças radicais no som da banda. Mas a verdade é que “Wasting Light” é mais uma prova que os Foo Fighters são muito bons naquilo que fazem. E nós gostamos disso. Que venham mais!

Nota Final: 8,7/10

João Morais