sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

2010 em Revista Parte 2

Olá a todos. Hoje, sexta-feira, 3 de Dezembro, o MDC traz-vos mais um grupo de álbuns lançados em 2010, e que eu considero que merecem algum destaque, seja por serem de artistas já renomados, ou por serem álbuns com qualidade. Vejamos, portanto, quais são os três discos avaliados hoje.

Gorillaz – “Plastic Beach” – Para inaugurar o post de hoje, temos o mais recente álbum do grupo virtual mais aclamado de sempre, os Gorillaz, de Damon Albarn. Devo ser sincero, eu admiro o Damon Albarn. Acho que os Blur, banda que o fez famoso, são sem dúvida um dos maiores nomes do Britpop dos anos 90. Achei que o seu outro projecto musical, The Good, The Bad & The Queen, foi capaz de lançar um dos melhores álbuns de 2007 (O disco tem o mesmo nome. Oiçam, se não conhecem, porque o álbum é, de facto, genial!), e sempre achei o trabalho dos Gorillaz bastante bom, especialmente o álbum anterior a este “Plastic Beach”, o “Demon Days”, um disco dos melhores da década 00. Por isso, fui ouvir este “Plastic Beach” com imensa expectativa, e devo dizer que sai desiludido. Apesar de ter algumas grandes canções (“On Melancholy Hill” é uma das grandes canções do ano), não tive prazer quando ouvi o resto do álbum. Não que a receita da sonoridade tenha mudado, pois o álbum mantém a linha de Alternative Hip-Hop dos discos anteriores. No entanto, parece que neste álbum, o Rock e o Hip-Hop não ligam lá muito bem, o que dá uma sensação dum álbum não muito coeso. Apesar de não ser um mau álbum, eu esperava muitíssimo melhor. Fica para a próxima, Damon!
Músicas obrigatórias:
-“Rhinestone Eyes”
-“Stylo”
-“Some Kind of Nature”
-“On Melancholy Hill”
Nota Final: 6,5/10

Caribou – “Swim” – Este álbum de Caribou (ou Daniel Victor Snaith, seu nome de nascimento) sucede ao muitíssimo aclamado disco de 2007, “Andorra”, vencedor do Prémio Polaris de 2008 (Prémio que distingue o anualmente o melhor álbum canadiano), e, curiosamente, é um registo quase inteiramente diferente do seu antecessor. Se em “Andorra” tínhamos tendências revivalistas dos anos 60 britânicos, que eram conduzidas de forma rígida pela guitarra marcadamente Indie, aqui os ritmos dançantes ganham maior destaque, sendo a Electronica a mandar no álbum. Claro que a mudança não erradica por completo o Indie Rock , que teima em deixar vestígios (diminutos, mas estão lá), mas este é um álbum muito mais feito para abanar a cabeça do que para absorver de forma erudita. Um bom álbum, com boas canções, e que mais uma vez nos deixa a pensar: o que é que Caribou irá fazer a seguir?
Músicas obrigatórias:
-“Odessa”
-“Sun”
-“Bowls”
-“Leave House”
Nota Final: 7,4/10

Vampire Weekend – “Contra” – Uma das mais recentes bandas coqueluche do Indie, os Vampire Weekend conseguiram chamar à atenção de todo o mundo com o seu álbum 2008, “Vampire Weekend”, que tinha fortes influências Worldbeat africanas no seu Indie Rock curto e límpido, vindo duma banda que claramente tinha ouvido Talking Heads e Peter Gabriel antes de se dedicar à gravação do disco. A verdade é que funcionou, e a banda de Nova Iorque fez sucesso, tanto nas vendas como nas críticas. E depois, em Janeiro deste ano, decidiram lançar este “Contra”, um álbum que continua com o caminho já pavimentado em 2008, e que mantém uma sonoridade que se tornou típica dos Vampire Weekend: Indie Rock polvilhado de ritmos africanos. No entanto, este álbum conta com mais sintetizadores e ritmos dançantes, que dão um “feeling” muito quente e veraneante. De resto, a voz de Ezra Koenig continua com os seus tiques doidamente agudos, as letras continuam alegres e coloridamente divertidas, e o instrumental continua encantadoramente descontraído. Tudo está feito para consolidar o trabalho começado em “Vampire Weekend”, dando uma consistência à banda que lhe permitirá impor-se como nome grande do Indie. Um álbum que, definitivamente, marcou este ano.
Músicas obrigatórias:
- “Holiday”
- “California English”
- “Cousins”
- “Diplomat’s Sun”
Nota Final: 8,0/10

E por hoje é tudo. Para a próxima sexta teremos mais “micro-reviews” dos álbuns que marcaram 2010. Até para a semana.
o Criador:
João Morais

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