Paralytic Stalks – of
Montreal (7 Fev)
- Um dos lançamentos que eu mais esperava para 2012, Paralytic
Stalks é o 11º disco do grupo norte-americano de Psychedelic Pop of Montreal, e é o sucessor do morno
False
Priest (2010). Deixando para trás as recentes “derivações” electrónicas
que têm caracterizados as últimas obras do grupo, Paralytic Stalks mostra
uns of
Montreal de volta a um terreno mais analógico, orgânico e, a meu ver,
feliz. Contudo, este álbum também sofre de um problema grave de inconsistência,
que o impede de se “manter” durante muitas audições. Porém, Paralytic
Stalks é um grande regresso em forma dos of Montreal, e traz com
ele uma das grandes canções de 2012: Ye,
Renew the Plaintiff.
Pontos altos:
- Dour Percentage
- We Will Commit
Wolf Murder
- Ye, Renew the
Plaintiff
Nota Final: 7,4/10
The Something Rain – Tindersticks
(20 Fev)
- Veteraníssima banda Indie
britânica, os Tindersticks são um dos mais interessantes projectos de Chamber Pop que o país de sua majestade
pariu nos últimos 20 anos. The Something Rain, lançado no
início do ano, é já o nono disco que o grupo assina, e o terceiro desde a sua
reunião em 2006, e mostra um avanço qualitativo em relação ao seu antecessor, Falling
Down a Mountain (2010). Com a voz de penetrante de Stuart Staples a combinar de forma perfeita com a produção áspera e
os arranjos instrumentais, The Something Rain apenas peca pela
forma como, por vezes, as canções se alongam em demasia e perdem o apelo.
Porém, convenhamos: os Tindersticks podem não ter o primor
dos primeiros tempos, mas é certo que The Something Rain prova que já
andaram mais longe.
Pontos altos:
- This Fire of
Autumn
- Medicine
- Come Inside
Nota Final: 7,2/10
Put Your Back N 2 It – Perfume Genius (21 Fev)
- Ao segundo álbum o singer-songrwriter
norte-americano Perfume Genius (nome
artístico de Mike Hadreas) traz-nos
mais um disco Indie Pop repleto de
sensibilidade e delicadeza e com um grande enfoque na combinação do piano com
sintetizadores e outros arranjos orquestrais. Porém, tal como aconteceu o seu
antecessor, Learning (2010), Put Your Back N 2 It falha em
conquistar-me. É certo que a produção se mostra aqui muito bem conseguida, e o
álbum faz passar um certo sentimento de solitude, intimismo e fragilidade de
forma exemplar. Contudo, uma inconsistência terrível no que toca à composição
das canções, um ritmo vagaroso e sonolento e uma certa unidimensionalidade
fazem com que Put Your Back N 2 It não passe do nível mediano.
Pontos altos:
- Normal Song
- Dark Parts
- Hood
Nota Final: 5,2/10
Sounds From Nowheresville – The Ting
Tings (24 Fev)
- 4 anos se passaram desde o lançamento do disco de
estreia We Started Nothing (2008). Esse álbum, que se tornou num
autêntico fenómeno de sucesso às custas de That’s
Not My Name, pouco mostrava além de uma imagem e postura roubadas a grupos
como os Blood Red Shoes e um par de singles orelhudos que depressa se esqueceram. Pois bem, agora a
dupla de Katie White e Jules De Martino volta à carga com o
seu segundo LP, Sounds From Nowheresville,
e que soa desesperadamente a uma tentativa de emular, sem sucesso, o impacto
que o seu antecessor teve nas tabelas de vendas. Indie Pop repetitiva, pitadas de Electropop sensaboronas e uma dispersão excessiva de sons e ideias,
é esta a receita deste Sounds From Nowheresville. Tendo
passado despercebido pelas principais charts
mundiais, este álbum é a prova viva de que, para os The Ting Tings, a justiça
tardou mas não falhou.
Pontos altos:
- Hang It Up
- Soul Killing
- In Your Life
Nota Final: 3,5/10
Nada É Possível – Supernada
(26 Mar)
- Um dos álbuns mais esperados da última década da música
portuguesa (e acreditem, isto não é exagero), Nada É Possível é o
primeiro disco dos Supernada, banda encabeçada pelo mítico Manel Cruz (Ornatos Violeta, Pluto,
Foge Foge Bandido). Trazendo uma
sonoridade de fusão de géneros como o Alternative
Rock, o Funk, o Hard Rock e até alguns toques de Psychedelic Rock, Nada É Possível é um álbum
sujo, pesado e áspero, e que assume desde o início um tom experimental que lhe
confere uma grande imprevisibilidade. Porém, e devido à grande antecipação e ao
prolongado tempo de espera por este álbum, não consigo deixar de sentir que
este álbum me desiludiu um pouco. A assimetria qualitativa entre as canções e
uma certa dispersão in extremis que
se faz sentir em alguns momentos fazem com que Nada É Possível não seja,
para mim, um disco tão bom quanto devia ser. Contudo, estão aqui indícios
suficientes para ficar à espera de um segundo álbum dos Supernada. É esperar.
Pontos altos:
- Perigo de
Explosão
- Letras Loucas
- Pai Natal
Nota Final: 7,7/10
«Tendo passado despercebido pelas principais charts mundiais, este álbum é a prova viva de que, para os The Ting Tings, a justiça tardou mas não falhou.», oh yeah.
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