- Acarinhados por grande parte da crítica desde a sua
estreia nos LP’s em 2008, com Alpinisms,
os School
of Seven Bells são, actualmente, uma dupla nova-iorquina composta por Benjamin Curtis e Alexandra Deheza, e apostam numa sonoridade Indie Pop pintada com inspirações vindas do Shoegaze e da Synthpop.
Contudo, por mais que o hype se
esforce por elevar aos panteões de 2012 o terceiro disco dos School
of Seven Bells, a verdade é que este Ghostory revelou-se, na
minha opinião, uma autêntica desilusão. Sensaborão, inconsistente e com muitos
momentos mortos, este registo acaba por ser demasiado mediano e não justifica
em nada o entusiasmo que se colocou à sua volta. É caso para dizer: “Don’t believe the hype”.
Pontos altos:
- The Night
- Scavenger
- When You Sing
Nota Final: 5.3/10
- Um dos mais respeitados artistas da música britânica
dos últimos 40 anos, Paul Weller
chegou, aos 54 anos, a um estatuto que lhe dá a vantagem de já não ter de
provar nada a ninguém. No entanto, se o desvanecer das pressões da opinião
alheia pode ter os seus benefícios e permitir aventuras como o experimentalismo
de Wake
Up the Nation (2010), a verdade é que também pode deixar que algum
laxismo e indulgência se instalem, como se pode assistir em Sonik
Kicks. Não quero com isto dizer que o 11º disco a solo de Weller seja mau; pelo contrário, o seu Alternative Rock enérgico e bem pensado
chegou a fazer-me, em algumas ocasiões, as delícias e até me fez lembrar em
momentos a Britpop dos anos 90.
Porém, a verdade é que, depois de bem pesados os pros e os contras, Sonik
Kicks é um LP bastante
desequilibrado e que não consegue fazer jus à carreira estelar de Weller nem suceder condignamente a Wake
Up the Nation.
Pontos altos:
- Green
- That Dangerous
Age
- Drifters
Nota Final: 6.3/10
- Vindos da cidade norte-americana de Minneapolis, no
estado do Minnesota, os Poliça são um quinteto composto por Channy Leaneagh, Chris Bierden, Ben Ivascu,
Drew Christopherson e Ryan Olson, estando no activo desde
2011. O 1º disco, Give You the Ghost, tem sido alvo de grande atenção por parte
da crítica, especialmente depois do “apadrinhamento” por parte de Justin Vernon (líder dos Bon
Iver), e traz-nos uma sonoridade Indietronica
com claras influências da R&B.
Contudo, apesar desta mistura poder parecer, à partida, algo de novo e
original, a verdade é que a sonoridade do grupo neste LP acabou por me soar entediante e bastante vulgar. É certo que tem
alguns pontos luminosos, mas no geral este Give You the Ghost é um álbum que
não recomendo a ninguém.
Pontos altos:
- Violent Games
- Happy Be Fine
- Wandering Star
Nota Final: 2.7/10
- Com uma sonoridade que pode ser triangulada algures
entre a penumbra do mundo de Tom Waits,
o despojamento intimista de Daniel
Johnston e o lo-fi de R. Stevie Moore, Willis Earl Beal é um artista norte-americano vindo de Chicago que
lançou este ano o seu primeiro disco, Acousmatic Sorcery, depois de uma
longa e tortuosa história de vida. Misturando Blues e Soul com um
espírito de luta e sofrimento reminiscente das origens do Rock & Roll e com uma estética despida e muito DIY, o LP de estreia de Willis Earl
Beal demonstra um grande
experimentalismo na forma como conjuga a genuinidade da dor com a frieza
abrasiva do sintetizador fantasmagórico e da guitarra desalinhada. Contudo,
apesar da extrema originalidade do som de Acousmatic Sorcery, não posso dizer
que me tenha convencido, pois apresenta-se como um registo extremamente
desalinhado, confuso e que, apesar das promessas, nunca “concretiza” algo que
me agarre verdadeiramente. Apesar disso, confesso que fico curioso para ver o
que é que Beal tem para nos mostrar
no futuro.
Pontos altos:
- Ghost Robot
- Swing on Low
- Angel Chorus
Nota Final: 5.0/10
- Quarto disco dos norte-americanos Chromatics, Kill
For Love mantém a linha conceptual que o grupo iniciou em Night
Drive (2007) de juntar uma sonoridade Synthpop e electrónica dançável com influências vindas da Dream Pop e do Post-Punk. E, à semelhança do que se passou com o seu antecessor,
este Kill
For Love falhou em agarrar a minha atenção. O som pareceu-me demasiado
vulgar e derivativo e as canções, no seu geral, pareceram-me tão aborrecidas
nas suas estruturas e composições que não me conseguiram cativar nem um
bocadinho. A isso junta-se também a vil afronta de terem feito uma ABOMINÁVEL
versão de Into the Black, lendária
canção de Neil Young, o que só
serviu para incendiar na negativa os meus ânimos neutros em relação a este
inócuo trabalho dos Chromatics. Salvo os pontos luminosos abaixo referidos, este Kill
For Love não tem, para mim, uma pontinha por onde se pegar.
Pontos altos:
- Kill For Love
- The Page
- The River
Nota Final: 2.0/10
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