sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Três EPês #4



Aquelas Três Feromona [25 Jun]
- Lançado neste Verão através do Bandcamp, Aquelas Três é o mais recente trabalho do grupo formado por Diego Armés (voz/guitarra), Bernardo Barata (baixo), João Gil (teclados) e Marco Armés (bateria). Arriscando-se a ser o registo com o título mais apropriado de sempre, este EP traz-nos três novas canções que mostram o quarteto lisboeta a fazer aquilo que faz melhor: Alternative Rock tuga, com cheiro a anos 90 e uma atitude directa, despreocupada e simplesmente deliciosa. Com uma estética crua e desprovida de artifícios, fruto da gravação “ao vivo”, Aquelas Três só vem relembrar-nos a nós, comuns mortais, que os Feromona continuam a ser uma das melhores coisas deste nosso Portugal. Agora só falta o LP sucessor a Desoliúde (2010) para ficarmos de barriga cheia.
Pontos altos:
- Sábado à Tarde
- Che Guevara Eunuco
Nota Final: 4.5/5

Mais Grande Gobi Bear [5 Nov]
- Depois do belíssimo LP EP em Fevereiro, o nosso urso favorito (desculpa, “Bonny Bear”) decidiu trazer-nos para Novembro, como forma de fechar o ano com “chave-de-ouro”, mais um registo. O resultado é Mais Grande, terceiro EP do jovem cantautor vimaranense e que demonstra, de certa forma, um afastamento da fórmula dos registos anteriores. Regressando às canções “inteiras” (por oposição à colecção de curtas “demos” de LP EP) e com um som mais cheio e expansivo, fruto de um instrumentação mais vasta e de uma utilização interessante de loops (a fazer lembrar, por vezes, Noiserv), Mais Grande oferece-nos, ainda assim, a contemplação, a bucolia, a ternura e o conforto que Gobi Bear consegue sempre imprimir nas suas obras. Apesar de estar uns degraus abaixo do seu antecessor, este terceiro EP só vem provar, acima de tudo, que este “urso” continua a ser uma das apostas mais seguras da música nacional.
Pontos altos:
- 3 Feet
- My Mind
Nota Final: 4.2/5


Kindred Burial [13 Fev]
- Apesar de já andar nestas andanças desde South London Boroughs, EP de estreia de 2005, foi apenas com Untrue (2007), disco nomeado para um Mercury Prize, que o furtivo produtor britânico William Bevan atingiu um nível mais elevado de visibilidade. Desde então, Burial tem-se esquivado do lançamento de um novo LP, preferindo lançar o seu output através de uma miríade de EP’s e singles. No início deste ano fomos presentados com mais um extended play, de seu título Kindred, que nos trouxe mais três faixas daquilo a que o londrino nos tem habituado: uma sonoridade Dubstep e Future Garage que, com os seus beats quentes, “sujos” e hipnóticos, consegue ser, apesar de sintetizada, incrivelmente humana e palpável. Dinâmico e nunca repetitivo, Kindred é mais uma prova de que Burial continua a ser um dos produtores mais inteligentes da vanguarda do seu género e de que toda a atenção à sua volta é totalmente merecida.
Pontos altos:
- Kindred
- Loner
Nota Final: 4.3/5

Sem comentários:

Enviar um comentário